quarta-feira, 13 de junho de 2012

Pernambuco registra PIB cinco vezes maior que o nacional no primeiro trimestre


O Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco cresceu 4,6% no primeiro trimestre de 2012 em comparação com o mesmo período de 2011. O número é acima da média nacional para o início do ano, que foi de 0,8%. O destaque mais positivo neste crescimento foi a Indústria, que obteve evolução de 9%, sendo puxada pelos 10,3% da Construção Civil. Já o destaque negativo foi a Agropecuária, que teve decréscimo de 23,8%, mas que não teve grande impacto na estimativa devido à ausência de um grande agronegócio no Estado.

A estiagem que afeta o Sertão e o Agreste pernambucanos também foi uma grande contribuinte para a baixa, já que atingiu as lavouras temporárias, como milho (-75,7%), feijão (-55,3%) e mandioca (-10,1%). Olhando mais para a frente, o setor da Agropecuária que vai sofrer com maiores problemas é a Pecuária, no segundo trimestre, conforme alertou o presidente da agência Condepe/Fidem, Antonio Alexandre. Segundo ele, o setor deverá registrar maior queda por conta da venda de animais por valores abaixo do mercado devido às dificuldades enfrentadas pelos criadores.

Na Indústria, o PIB estadual já pode ver uma influência maior da Indústria de Transformação (6,1%), que iniciou seu processo de instalação no Estado. No entanto, Antonio acredita que a Construção Civil continuará liderando a movimentação industrial até 2017. “Nós estamos em um momento de transição dessa configuração industrial. As grandes construções estão sendo concluídas, mas estão apenas mudando de lugar. Isso deve acontecer até 2017”, comentou.

Outra mudança aconteceu no setor de Serviços, que voltou a crescer distante da média nacional. Depois de acompanhar o baixo crescimento em 2011, chegando a 2,7% no último trimestre do ano passado, o setor registrou 4,5% no Estado e 1,6% no País. O que impulsionou o setor foi o Transporte (9,2%), que está ligado aos grandes canteiros de obras. Em segundo lugar, figura o Comércio (8,8%), através do Varejo (14,6%), o que mostra o aumento no poder de compra do pernambucano.

Fonte: Folha de PE

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