O legado da corrida espacial
A palavra é meio esquisita. Spin-off. Numa explicação livre do inglês para o português, o termo descreve algo que foi derivado de outra coisa anterior àquela. Um exemplo: o termômetro de ouvido.Esse que às vezes vemos nos hospitais. Ele surgiu depois que a empresa Diatek trabalhou em parceria com o Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, aproveitando a tecnologia de infravermelho usada na medição da temperatura das estrelas. Os termômetros auriculares verificam nossa temperatura medindo a quantidade de energia que o tímpano desprende dentro do canal do ouvido. Impressionante, não é? Mas esse é apenas um dos exemplos de tecnologias espaciais que usamos aqui na Terra.
A corrida espacial levou o homem à Lua. E fez (continua fazendo) muito por nós, que jamais sairemos da Terra. Os óculos de sol com proteção contra raios ultravioleta são um exemplo. O notebook que carregamos na mochila é outro. Aparelhos ortodônticos invisíveis também entram na lista, assim como os joysticks dos videogames. Devemos à disputa entre os EUA e a União Soviética o desenvolvimento dos satélites de comunicação, que hoje nos permitem ver, em tempo real, desde a Olimpíada na China até o showneral de Michael Jackson em Los Angeles. O sistema de amortecimento de impacto nos tênis também tem um dedo da corrida espacial. Ou melhor, um pé. Neil Armstrong estava certo. Foi um passo gigantesco para a humanidade.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, destaca que o programa espacial fez o governo norte-americano investir muito em centros de pesquisa, além de estimular as empresas com encomendas. "A Nasa dizia: preciso de um circuito de recepção que tenha tal dimensão e, no máximo, tal peso. Qual empresa pode fazer isso? Elas faziam concorrência e a Nasa pagava. As empresas tinham equipes de pesquisa, gente com a melhor formação possível. Interagiam com as universidades", conta o ministro. No auge do programa, o número de empresas prestando serviços à agência chegava perto de 20 mil no mundo. No início dos anos 1970, em parceria com a DuPont (uma das maiores no ramo da química), a Nasa desenvolveu o kevlar, fibra sintética bem mais leve e resistente que o aço.
Inicialmente, a fibra foi utilizada no revestimento das naves. Depois ganhou outras aplicações. Pode ser encontrada, por exemplo, em coletes à prova de balas e raquetes de tênis. A natação é outro esporte beneficiado pela ciência que mandou o homem para a Lua. Os polêmicos maiôs, que fazem os nadadores baterem um recorde atrás do outro, não possuem costura. São emendados por um sistema de "solda ultrassônica". Já o primeiro laptop foi desenvolvido pela Nasa para a Discovery em 1983. Como vemos nas transmissões das viagens espaciais, a cabine de um ônibus espacial está mais para uma quitinete do que para um castelo de deputado mineiro. O computador usado pelos astronautas tinha que ser pequeno, leve, com bastante memória e, claro, ser capaz de suportar o tranco da viagem.
Antes do laptop, veio a tecnologia wireless (sem fio). Foi desenvolvida ainda nos anos 60 para permitir que os astronautas se comunicassem sem precisar ficar presos por fios. O uso comercial da invenção da Nasa começou nos anos 1980. A parceria Nasa/empresas privadas continua com fôlego. Atualmente, são cerca de 400. Google, Ford e Goodyear são algumas dessas empresas. Com a Google, a agência montou um superbanco de dados com fotos, livros e arquivos, tudo disponível na internet. A Google também está investindo mais de US$ 3 milhões na construção de um novo prédio para a Nasa, que servirá como incubadora para os projetos da parceria. Ford e Goodyear poderão fabricar, quem sabe, carros de passeio com pneus à prova defuros. Seria perfeito para rodar nas esburacadas ruas do Recife.
Óculos de sol
A proteção ultravioleta dos óculos de sol foi desenvolvida para proteger a visão dos astronautas em missão
Fibra resistente
O kevlar é uma fibra desenvolvida pela DuPont a partir de solitação de um material resistente e leve pela Nasa. Suas aplicações hoje estão nas raquetes de tênis, nos capacetes dos soldados norte-americanos e nos coletes a prova de balas
Maiôs de natação
A roupa dos astronautas precisou de um entrelaçado especial foi por uma solda ultrassônica. A mesma tecnologia está nas roupas de natação especiais usadas pelos melhores atletas
Tênis com amortecimento
A missão era pisar na Lua e trazer o astronauta em segurança à Terra. O sapato ganhou um sistema de amortecimento. A mesma ideia está nos tênis com suspensão
Notebook
A microeletrônica avançou em todos os sentidos. Uma prova disso está nos notebooks modernos que reúnem capacidade de processamento, pequena dimensão, baixo peso e preço sempre em queda
Satélites
Hoje são muito rotineiros os usos. As transmissões de televisão são ao vivo, independente do local onde ocorrem. As informações chegam em tempo real. Por trás (e por cima) de toda essa facilidade nas comunicações estão os satélites.
Fonte: Diario de PE
A corrida espacial levou o homem à Lua. E fez (continua fazendo) muito por nós, que jamais sairemos da Terra. Os óculos de sol com proteção contra raios ultravioleta são um exemplo. O notebook que carregamos na mochila é outro. Aparelhos ortodônticos invisíveis também entram na lista, assim como os joysticks dos videogames. Devemos à disputa entre os EUA e a União Soviética o desenvolvimento dos satélites de comunicação, que hoje nos permitem ver, em tempo real, desde a Olimpíada na China até o showneral de Michael Jackson em Los Angeles. O sistema de amortecimento de impacto nos tênis também tem um dedo da corrida espacial. Ou melhor, um pé. Neil Armstrong estava certo. Foi um passo gigantesco para a humanidade.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, destaca que o programa espacial fez o governo norte-americano investir muito em centros de pesquisa, além de estimular as empresas com encomendas. "A Nasa dizia: preciso de um circuito de recepção que tenha tal dimensão e, no máximo, tal peso. Qual empresa pode fazer isso? Elas faziam concorrência e a Nasa pagava. As empresas tinham equipes de pesquisa, gente com a melhor formação possível. Interagiam com as universidades", conta o ministro. No auge do programa, o número de empresas prestando serviços à agência chegava perto de 20 mil no mundo. No início dos anos 1970, em parceria com a DuPont (uma das maiores no ramo da química), a Nasa desenvolveu o kevlar, fibra sintética bem mais leve e resistente que o aço.
Inicialmente, a fibra foi utilizada no revestimento das naves. Depois ganhou outras aplicações. Pode ser encontrada, por exemplo, em coletes à prova de balas e raquetes de tênis. A natação é outro esporte beneficiado pela ciência que mandou o homem para a Lua. Os polêmicos maiôs, que fazem os nadadores baterem um recorde atrás do outro, não possuem costura. São emendados por um sistema de "solda ultrassônica". Já o primeiro laptop foi desenvolvido pela Nasa para a Discovery em 1983. Como vemos nas transmissões das viagens espaciais, a cabine de um ônibus espacial está mais para uma quitinete do que para um castelo de deputado mineiro. O computador usado pelos astronautas tinha que ser pequeno, leve, com bastante memória e, claro, ser capaz de suportar o tranco da viagem.
Antes do laptop, veio a tecnologia wireless (sem fio). Foi desenvolvida ainda nos anos 60 para permitir que os astronautas se comunicassem sem precisar ficar presos por fios. O uso comercial da invenção da Nasa começou nos anos 1980. A parceria Nasa/empresas privadas continua com fôlego. Atualmente, são cerca de 400. Google, Ford e Goodyear são algumas dessas empresas. Com a Google, a agência montou um superbanco de dados com fotos, livros e arquivos, tudo disponível na internet. A Google também está investindo mais de US$ 3 milhões na construção de um novo prédio para a Nasa, que servirá como incubadora para os projetos da parceria. Ford e Goodyear poderão fabricar, quem sabe, carros de passeio com pneus à prova defuros. Seria perfeito para rodar nas esburacadas ruas do Recife.
Óculos de sol
A proteção ultravioleta dos óculos de sol foi desenvolvida para proteger a visão dos astronautas em missão
Fibra resistente
O kevlar é uma fibra desenvolvida pela DuPont a partir de solitação de um material resistente e leve pela Nasa. Suas aplicações hoje estão nas raquetes de tênis, nos capacetes dos soldados norte-americanos e nos coletes a prova de balas
Maiôs de natação
A roupa dos astronautas precisou de um entrelaçado especial foi por uma solda ultrassônica. A mesma tecnologia está nas roupas de natação especiais usadas pelos melhores atletas
Tênis com amortecimento
A missão era pisar na Lua e trazer o astronauta em segurança à Terra. O sapato ganhou um sistema de amortecimento. A mesma ideia está nos tênis com suspensão
Notebook
A microeletrônica avançou em todos os sentidos. Uma prova disso está nos notebooks modernos que reúnem capacidade de processamento, pequena dimensão, baixo peso e preço sempre em queda
Satélites
Hoje são muito rotineiros os usos. As transmissões de televisão são ao vivo, independente do local onde ocorrem. As informações chegam em tempo real. Por trás (e por cima) de toda essa facilidade nas comunicações estão os satélites.
Fonte: Diario de PE
1 Comentário:
o blog em ci está muito legal.pois a matéria não tem nada a ver.
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