A CPI da Petrobras
É difícil avaliar a repercussão externa da futura Comissão Parlamentar de Inquérito sobre supostas irregularidades relacionadas com a Petrobras. A empresa é mais do que o maior empreendimento nacional em um setor de fundamental importância para a economia do País, constituindo um símbolo da luta política em defesa do nacionalismo econômico, a partir dos anos 1950. Nesse período, uniram-se consideráveis parcelas da consciência civil e militar, empenhadas em concretizá-la, movidos pelo espírito público e patriotismo.
No decurso dos anos, a empresa se agigantou, alcançando níveis tecnológicos comparáveis aos melhores das demais existentes, tanto na prospecção, extração, refino e transformação em derivados do óleo, alçando-se à condição simbólica que honra a capacidade dos técnicos brasileiros. Isso sem referirmos à sua história de lutas, em que se misturam prisões e sangue de patriotas que acreditavam no seu País, enfim vitoriosos contra a corrente obscurantista, até mesmo venal, que negava a existência de petróleo com possibilidade de ser explorado comercialmente.
Colocada como está a questão - a CPI -, é impossível excluir a sua essência política, porque, afinal de contas, ainda não começou a fase de apuração das acusações. Tudo isso, frise-se, no plano interno em que se confrontam governo e oposição, pois, no exterior, desfruta de conceito que prestigia o Brasil perante as grandes nações, produtoras ou não do combustível.
É interessante observar a inflexão de conteúdo social expressa pelo presidente da República, quando, ao comentar as reservas constatadas na camada pré-sal, declarou que uma parte dos futuros lucros teria que ser destinada a programas que beneficiassem as camadas mais carentes da população brasileira.
Ao fazer semelhante afirmação, o presidente Lula não desconhecia que a empresa já beneficia, indiretamente, milhões de brasileiros, quando efetua o pagamento de royaltys às prefeituras em cujo litoral o petróleo é extraído, contribuindo, mesmo que alguns prefeitos incompetentes ou possuídos de má-fé façam má aplicação dos recursos públicos da estatal, o que deverá ser apurado pela CPI.
Seja qual for a conclusão das investigações, é possível antecipar que a Petrobras continuará sendo um instrumento imprescindível ao desenvolvimento econômico nacional, aríete decisivo para a emancipação econômica do Brasil, pois o seu patrimônio, além de pertencer a uma parcela de investidores privados (as ações em bolsa), é uma conquista irreversível das mais variadas camadas do povo brasileiro.
Desde o tempo em que o slogan "O petróleo é nosso" era condenado por uma minoria arbitrária e retrógrada, que se posicionava abertamente contra o interesse nacional e, às vezes, até mesmo, como instrumento espúrio de grupos internacionais que não admitiam o Brasil ter o direito de produzir, consumir e exportar petróleo, permanecendo sob uma espécie de exploração sub-colonial no século XX, dependente dos carteis que ditavam os preços e as condições do mercado.
Fonte: Folha de PE
No decurso dos anos, a empresa se agigantou, alcançando níveis tecnológicos comparáveis aos melhores das demais existentes, tanto na prospecção, extração, refino e transformação em derivados do óleo, alçando-se à condição simbólica que honra a capacidade dos técnicos brasileiros. Isso sem referirmos à sua história de lutas, em que se misturam prisões e sangue de patriotas que acreditavam no seu País, enfim vitoriosos contra a corrente obscurantista, até mesmo venal, que negava a existência de petróleo com possibilidade de ser explorado comercialmente.
Colocada como está a questão - a CPI -, é impossível excluir a sua essência política, porque, afinal de contas, ainda não começou a fase de apuração das acusações. Tudo isso, frise-se, no plano interno em que se confrontam governo e oposição, pois, no exterior, desfruta de conceito que prestigia o Brasil perante as grandes nações, produtoras ou não do combustível.
É interessante observar a inflexão de conteúdo social expressa pelo presidente da República, quando, ao comentar as reservas constatadas na camada pré-sal, declarou que uma parte dos futuros lucros teria que ser destinada a programas que beneficiassem as camadas mais carentes da população brasileira.
Ao fazer semelhante afirmação, o presidente Lula não desconhecia que a empresa já beneficia, indiretamente, milhões de brasileiros, quando efetua o pagamento de royaltys às prefeituras em cujo litoral o petróleo é extraído, contribuindo, mesmo que alguns prefeitos incompetentes ou possuídos de má-fé façam má aplicação dos recursos públicos da estatal, o que deverá ser apurado pela CPI.
Seja qual for a conclusão das investigações, é possível antecipar que a Petrobras continuará sendo um instrumento imprescindível ao desenvolvimento econômico nacional, aríete decisivo para a emancipação econômica do Brasil, pois o seu patrimônio, além de pertencer a uma parcela de investidores privados (as ações em bolsa), é uma conquista irreversível das mais variadas camadas do povo brasileiro.
Desde o tempo em que o slogan "O petróleo é nosso" era condenado por uma minoria arbitrária e retrógrada, que se posicionava abertamente contra o interesse nacional e, às vezes, até mesmo, como instrumento espúrio de grupos internacionais que não admitiam o Brasil ter o direito de produzir, consumir e exportar petróleo, permanecendo sob uma espécie de exploração sub-colonial no século XX, dependente dos carteis que ditavam os preços e as condições do mercado.
Fonte: Folha de PE
1 Comentário:
A cpi é desacreditar a Petrobrás perante a opinião pública nacional, e entregar as reservas do pré-sal aos interesses estrangeiros, haja vista o intenso lobby das multinacionais do setor a esse respeito.
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