segunda-feira, 27 de abril de 2009

A Enciclopédia dos Escândalos


Um resumo de todos os escândalos políticos no Congresso desde o começo de 2009.

O castelo da vergonha
Eleito corregedor da Câmara, o deputado Edemar Moreira (ex-DEM-MG) disse que não poderia julgar os colegas por causa do “vício da amizade”. Surge a informação de que ele é dono de um castelo no interior de Minas.

Sobras para a viúva
Contrariando os membros da Mesa, o então presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), deu R$ 118 mil para Marlidice Péres, viúva do senador Jefferson Péres (PDT-AM), morto em 2008. O valor equivale a passagens aéreas que Jefferson não usou.

Verba indenizatória
Parlamentares têm R$ 15 mil por mês para gastar sem ter de prestar contas públicas. O assunto ganhou destaque quando foi revelado que Edemar Moreira teria usado R$ 230 mil dessas verbas em suas próprias empresas. Chico Alencar (PSOL-RJ) usou o dinheiro para contratar serviços da empresa de um correligionário.

Surto de diretores no Senado
Conta mostra que o Senado tinha 181 diretores. Tinha até diretor para cuidar do check-in de senadores no aeroporto.

Nepotismo terceirizado
Descobriu-se que vários diretores tinham parentes trabalhando no Congresso por meio de empresas terceirizadas.

O “bolsa viagem internacional”
O site Congresso em Foco divulgou que 261 deputados fizeram mais de 1.800 viagens ao exterior desde 2007, na maioria das vezes para destinos com forte apelo turístico, como Bariloche, Buenos Aires, Londres, Miami, Nova York e Paris. Os mais conhecidos são: Armando Monteiro Neto (PTB-PE), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Fernando Gabeira (PV-RJ), Inocêncio Oliveira (PR-PE), João Paulo Cunha (PT-SP), José Carlos Aleluia (DEM-BA), José Genoino (PT-SP), Ricardo Berzoini (PT-SP) e Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O “bolsa viagem nacional”
O deputado Fábio Faria (PMN-RN) usou sua cota de passagens para sua ex-namorada Adriane Galisteu e outras dez pessoas viajarem para Natal. Dias depois, foi revelado que o delegado Protógenes Queiroz usou passagens da cota da deputada Luciana Genro (P-SOL-RS). Michel Temer (PMDB-SP) também admitiu ter feito o mesmo. E Otávio Germano (PP-RS) reconheceu que um ministro do TCU voou com sua cota. Três deputados licenciados para ocupar cargos de ministro continuaram usando bilhetes aéreos pagos pela Câmara: José Múcio Monteiro, Geddel Vieira Lima e Reinhold Stephanes.

Férias inesquecíveis
O Senado pagou R$ 6,2 milhões em horas extras em janeiro para mais de 3.800 funcionários. A Câmara pagou R$ 635 mil em horas extras para mais de 600. Tudo isso durante o recesso, quando o Congresso fica vazio.

Sogra fantasma
A sogra de um assessor do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) era servidora fantasma do Senado havia seis anos.

Pagador-geral de salários da União
Pagos pelo Senado, funcionários do senador Adelmir Santana (DEM-DF) trabalhavam para o vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM). Já funcionários do senador Wellington Salgado (PMDB-MG) trabalham para o ministro Hélio Costa.

Pró-doméstica
Pelo menos três deputados pagavam suas empregadas domésticas com dinheiro da Câmara: Alberto Fraga (DEM-DF), licenciado, Arnaldo Jardim (PPS-SP) e José Paulo Tófano (PV-SP).

Serviços pessoais, de casa
Numa entrevista, Luciana Cardoso, filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, admitiu que recebe salário do Senado, mas não frequenta o Congresso. Ela afirmou que trabalha de casa fazendo “serviços pessoais” para o senador Heráclito Fortes (DEM-PI).

O vale-jatinho
Em quatro anos, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) usou R$ 469 mil das verbas de passagens para fretar jatinhos. Heráclito Fortes (DEM-PI), Mão Santa (PMDB-PI), Maguito Vilela (PMDB-GO), Mário Couto (PSDB-PA) e Jefferson Praia (PDT-AM) fizeram o mesmo.

Segurança privatizada
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), levou seguranças do Senado ao Maranhão para tomar conta de sua casa. Alegou que a cassação de seu opositor, o governador Jackson Lago, poderia representar perigo.

Celular liberado
O senador Tião Viana (PT-AC) entregou seu celular à filha numa viagem da moça ao México. A conta, paga pelo Senado, passou de R$ 14 mil.

A mansão de Agaciel
Agaciel Maia, diretor do Senado há anos, escondia da Justiça uma casa em Brasília avaliada em R$ 5 milhões.

Fonte: Acidez Mental

2 Comentários:

Eduardo Buys disse...

Jailson, é super importante divulgar estes descalabros que os homens públicos, parlamentares escolhidos pelo povo para proteger seus interesses, tem a pouca vergonha de fazer exatamente o contrário.
Postamos dias atrás uma lista completa, num levantamento primoroso do jornalista Fernando Rodrigues, ao qual chamou de Monitor dos ESCÂNDALOS do Congresso brasileiro em 2009, que é permanentemente atualizado, no endereço
http://noticias.uol.com.br/politica/escandalos-congresso-nacional-2009.jhtm
Um abraço,
Eduardo Buys

Anônimo disse...

Eduardo, na minha opinião é nossa obrigação divulgar o que acontece em Brasilia para que possamos não mais errar na hora de votar.

Abraços

Jailson

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